sábado, 9 de abril de 2011

Amores.



Eu prometi que não teria fim, disse sem pensar no que você diria depois. Mesmo se você só me olhasse e não pronunciasse nada, eu sabia que também ficaria. Porque você conhecia os meus defeitos e os meus velhos amores, sabia das minhas manias e mesmo assim passava todas as suas tardes de domingo ao meu lado, nós pegávamos o edredom e assistíamos milhares de filmes, acompanhados com sorvetes e outras guloseimas que hoje não me permito mais.
Eu gostava de chorar em seu ombro só porque ouvia você dizer que o meu sorriso era tão mais bonito. Ás vezes as minhas lágrimas te machucavam tanto, quanto em mim. E eu sempre te amei por isso, por não ir embora nos momentos difíceis, por compartilhar tudo da melhor forma possível.
Ainda me pego com brilho no olhar só de lembrar do seu cachorro chato e ciumento, latindo sem parar. De quando você pegava em minha mão e dizia: “Não se irrite, é que ele sabe que eu te adoro”. Meu Deus, que saudade boa daquele tempo e do Haiko.
Estou feliz por nós, por tantos anos juntos, pelo olhar que trocamos todas as vezes que nos reencontramos. Eu ainda aprecio o seu humor, seu jeito de falar de política e de discutir sobre o que tomar no café da manhã. Você só melhora com o tempo.
Eu te escrevo, nos telefonamos, vamos ao cinema como quando paquerávamos na adolescência, mas agora é melhor porque nos vemos com olhos de quem passou por tudo nessa vida e nunca se perdeu de vista. Eu vou continuar indo a Nova York para te encontrar e minha casa sempre estará de braços abertos para você.
Ainda viajaremos para a toscana e veremos o pôr do sol, então eu repetirei, não sei se em outras palavras, o que você sempre soube: Juntos, nós somos melhores e eu, não deixei de ser feliz um só dia, porque sei que tenho você.

Kisses!

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